A blablaLab volta a festejar a sua abertura no dia 23 de Junho, na sua sede, rua do Ataíde, 14, em Lisboa (entre o Camões e o Cais do Sodré).
Para assinalar a ocasião vamos fazer uma leitura de textos de Alvaro García de Zúñiga, reunidas na compilação “Manuel-Manual de Pó e Ética”. São excertos extraídos fundamentalmente do livro “Manuel”, mas também de peças de teatro e de livros de poesia de AGZ. A versão que faremos será uma versão leve da forma para leituras encenadas que AGZ desenvolveu com o nome Manuel sur Scène, leituras polifónicas e multilíngues interpretadas pelo grupo de manuéis-leitores que desta vez contará com as presenças de:
Alínea B. Issilva, Fernán García de Zúñiga, Fernando Mora Ramos, Fernando Vendrell, José Luís Ferreira, Leopold von Verschuer, Luciana Fina, Margarita Presno e William Nadylam e quem sabe quem mais ainda…
Manuéis – são todos aqueles que “meio-homem, meio-manual de instruções, tentam compreender o mundo através do leem, e vice-vice e versa-versa, o que leem através do mundo” como resumiu Alvaro García de Zúñiga na sua obra “Manuel”, precisamente.
Neste caso as leituras versarão sobre o nascimento e a expansão de Manuel, seus retratos e algumas considerações sobre a representação através da linguagem, como no caso deste gavagai vermelho que ilustra este post. Será uma leitura polifónica de textos de Alvaro García de Zúñiga extraídos do livro “Manuel”, editado pela blablaLab em 2014, das peças “O Teatro é puro Cinema“, produzida pelo Teatro Nacional de D. Maria II em 1999, e “radiOtelo” produzida pelo Theater am Neumarkt de Zurique, em 2008, e do livro de poesia, ainda por editar “Peau et Scie”.
Mas antes do “Manuel-Manual de Pó e Ética” serviremos uma entrada fria: o texto s/t de Alvaro García de Zúñiga.
Alvaro García de Zúñiga (Montevidéu 1958-Lisboa 2014), autor com uma energia criativa transdisciplinar (ou indisciplinar), exercitou-se nas fronteiras entre essas disciplinas e as línguas, os idiomas. Como escritor, procurou dar voz ao “estrangeiro”, e atacou a língua como instrumento de poder, exclusão e sujeição. Como músico, seguiu sempre o som das palavras “sonhando com um mundo no qual as línguas fluíssem sem fronteiras, como as paisagens à janela de um comboio”.
“Manuel” é um objeto multiforme; é livro, instalação, formato cénico: “Manuel sur scène”, ou transposto “em cena”, uma forma aberta de teatro musical, de leitura-concerto. “Manuel em cena” é sempre multilingue, elabora-se a partir de “Manuel” versão literária, mas com vocação para integrar outros textos, estabelecendo-se sempre entre eles um fio condutor específico, a determinar caso a caso. Manuel – meio homem, meio manual de instruções – é uma tentativa de compreender-se a si próprio, aos manuéis-intérpretes, e ao mundo. Nasceu no ano 2000, e vem ganhando corpo desde então.
Esperamos por vós para uma sessão de Leituras & Farturas, Oeuvres & hors d’Oeuvres de Alvaro García de Zúñiga e dos seus Manuéis – dia 23 de Junho, na sede da blablaLab, rua do Ataíde 14, Lisboa.
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