Manuel nasceu no ano 2000 para a primeira (e única) bienal de arte contemporânea de Oeiras, foi o manual que Alvaro García de Zúñiga imaginou para o livro-obra “A Finger for a Nose” apresentado pela Entertainment Co. (colectivo que reunia os artistas João Louro e João Tabarra, aos quais pela primeira vez se incorporou o Alvaro, naquele que acabou por ser o seu último trabalho juntos). Uns anos mais tarde (2003 & 2004) com Leopold von Verschuer & Alínea Berlitz Issilva, e sob a impulsão de Markus Heuger e do Studio Akustische Kunst (Estúdio de Arte Acústica) da WDR3, Alvaro faz de Manuel uma trilogia acústica e radiofónica em Colónia. Em 2005, com Leopold von Verschuer & Alínea Berlitz Issilva, Manuel faz-se presença física em Lisboa, no Goethe Institut, é Manuel unterüberzetzung; e pouco depois, em Berlin, em 2006, no Mustermesse do TheaterDiscount, os “três Manueis” (Alínea, Leopold e Alvaro) fazem do Manuel uma performance de mais de quatro horas com a cumplicidade de vários amigos, é o Manuel em Kreutzberg. Em 2007, Manuel passa a ser Corpus Delicti, uma versão da Pièce à Conviction escrita em 2004 para o trio NOVAMUSICA, na Akademie der Kunste. Finalmente, com Arnaud Churin, Emanuela Pace, Dominique Churin, Leopold, Alvaro e Alínea dão a Manuel contornos mais definidos de formato cénico, polifónico, multilingue, multiforme e a geometria variável. Assim este Manuel a 5, torna-se Manuel sur scène (Manuel en/sobre cena), em Lille, em 2008, no Théâtre Le Prato. No ano seguinte, 2009, o quinteto apresenta-se em Lisboa, no Teatro Taborda e, em Paris, na Maison de la Poésie, desdobra-se em 3 performances com formações de 8, 11 e 23 intérpretes. Participaram nesta verdadeira Manueliade : The “M” Team. Manuel começou por ser obra plástica para se tornar depois acústica e depois cénica. É por essência multidisciplinar integrando os meios disponíveis audio e/ou vídeo, assim como instrumentos, objectos e outros acessórios em função de cada performance. “Manuel” tem uma versão literária, editada em 2014.